Por Zé Mangini
para ALGI Mediação
No começo do ano passado, minha querida amiga e referência na Mediação, Ana Luiza Isoldi me fez um inesperado convite para acompanhá-la em uma série de webinares abordando os mais diversos aspectos da Mediação, seus pilares, os princípios básicos, teoria e prática. Uma missão que poderia parecer extremamente difícil, tipo um curso completo, mas que se mostrou deliciosa desde o primeiro encontro e foi se revelando verdadeiramente especial. Não só pela oportunidade de acompanhar a Ana e todos aqueles que no decorrer do ano estiveram conosco, mas por poder aprender profundamente, trocar conhecimentos e experiências na Mediação com pessoas do Brasil todo.
A Aninha, como muitos carinhosamente a chamam, desde os meus primeiros cursos em Mediação foi referência para mim, não somente pelo vasto conhecimento do assunto e larga experiência, mas e principalmente, pelo seu jeito doce de acolher, por sua firmeza nas relações e pelo seu amplo e profundo olhar para as pessoas e assim, consequentemente para a Mediação. E desde lá, eu grudei na Ana. Nem sei dizer se ela queria ter alguém grudado nela, mas fato é que fui ficando por perto e aos poucos fomos nos conhecendo melhor e fazendo mais coisas juntos e eu aprendendo com essa “sabe-tudo”. Quer coisa melhor? Nunca presenciei a Ana dando uma resposta evasiva a quem quer que fosse ou em qualquer situação. Sempre percebi a firmeza da Ana quando quer saber alguma coisa ou em um debate aberto. Sabe fazer perguntas como ninguém e o melhor de tudo, sabe entregar as melhores respostas. E gosta de gente como a gente gosta da gente.
Os Meetup MOL é um projeto da MOL – Mediação On Line, desenhado pela ALGI Mediação, empresa da Ana Luiza Isoldi. A MOL atua no mercado desde 2014 e é primeira empresa e plataforma de solução online para gestão, prevenção e resolução de conflitos, para pessoas físicas, advogados, empresas privadas, poder público e instituições. Acho que é uma das maiores do mercado brasileiro. Não sei dizer ao certo, mas olhando no site dela, já tratou mais de 250 mil casos, com índices impressionantes de aceite e acordos realizados. É uma empresa de ponta e sempre atenta às necessidades e tendências do mercado.
No site da MOL tem uma extensa coleção de webinares, artigos, blogs, vídeos, podcasts, artigos científicos, e-books e tudo o mais que tenha relação com a teoria e a prática da Mediação em todos os segmentos. É uma plataforma de acordos online completa e que se preocupa com a difusão do instituto da Mediação, bem como cuida muito bem de quem está por perto. E foi assim que me senti nestes 10 encontros que fizemos para o Meetup MOL, muito bem cuidado por todos.
Mas estou aqui para inaugurar este ano de 2022 e falar da nossa experiência de como usamos parte do nosso tempo em 2021 com os nossos encontros com a turma da MOL e Mediadores dos diversos Tribunais brasileiros nestes Meetups.
Nos organizamos e planejamos os encontros com variações de horários. Material lindo desenvolvido para as apresentações. Tudo feito com muito carinho e dentro de uma lógica crescente de saber que só a Ana poderia agregar.
Começamos em fevereiro com o tema “Comunicação e Escuta”. Quase óbvio pelo pilar da Comunicação na Mediação e pela habilidade mais importante para um Mediador: a escuta. Tudo começando. Todos tímidos e se conhecendo. E, como todo Mediador deve ser, curioso.
Foi um poderoso encontro inicial com muitas informações. E realmente é impressionante como a cada vez que temos contato com algum tema afeito à Mediação damos mais um passinho, nos aprofundamos mais um pouco, enxergamos algo que não estava tão claro. Expandimos conhecimentos e aprendemos.
Falamos como a Linguagem constrói realidades, gera identidades, relações, compromissos, possibilidades, futuros e mundos distintos com o olhar de autor chileno Rafael Echeverria. Assim nos traz Echeverria: “como falamos de nós mesmos e como os demais falam de nós interfere em nossa identidade.” Abordamos com leveza como os feedbacks são importantes na construção de nosso papel de terceiro enquanto Mediadores. Também as relações são determinadas pela qualidade da comunicação entabulada, da mesma forma os compromissos firmados. Todos estes conceitos trazidos pelo chileno Rafael, foram transportados nas conversas deste encontro em aplicações práticas na Mediação. Nada mais oportuno e direto. Um encontro de arrepiar porque nos catapultou para novos horizontes e futuros com novas possibilidades.
Neste encontro, a Ana, inspirada que estava, nos trouxe que a linguagem é generativa, porque comunicar faz a nossa história, gera realidades e somos uma decorrência da qualidade das conversas que conseguimos travar ao longo da nossa existência.
Embarcamos profundamente na Comunicação como processo, em seu conceito trazido por Marinés Soares, no olhar prático de Lasswell, na comunicação como meio por Wiener e, por fim, no olhar acadêmico do Paul Watzlawick e outros com os indiscutíveis cinco axiomas. E ainda restou tempo para um breve enfoque sistêmico da comunicação.
Abordamos os cuidados que se deve ter na comunicação, que é partilhar e tornar comum.
E falamos muito de Escuta e do Escutar, estar presente, acolher aquilo que lhe é trazido, da curiosidade, da qualidade da escuta e da hospitalidade no ato de escuta.
No final, criamos juntos a lista dos limitadores da boa escuta e do que é possível fazer para sempre melhorar a nossa escuta. Quem sabe uma das principais ferramentas de trabalho para o Mediador.
No mês de março, dando início à sequência dos encontros, abordamos um segundo pilar da Mediação, o Conflito. Dos conceitos, às teorias do conflito.
Interpessoal, intrapessoal, transpessoal.
Como surgem os conflitos? Como e por que evoluem? Quais os seus elementos constituintes? O mapeamento de uma situação de conflito. As manifestações do Conflito. O escalonamento. O que se pode fazer com o conflito? Prevenção, gestão e resolução.
Gatilhos e tudo o mais que envolve o Conflito e como entender e trabalhar com ele.
A Ana, neste webinar, trouxe Raúl Calvo Soler e seu livro “Mapeo de Conflictos”. Mas não parou aí, trouxe também o saudoso Enrique Fernandez Longo com seu livro “La Negociación Inevitable” que define o conflito como:
“Tensão entre desejos e possibilidades, que estão competindo com outros desejos e outras possibilidades”.
E o papo foi longe olhando o conflito na sua interdependência. O conflito real e o percebido. Caminhamos também pelo trajeto do conflito com os conceitos da Gabriela Jablkowski onde o Mediador não deve temer o conflito e observá-lo como movimento “… pausando, acelerando, vendo outros pontos de vista. O conflito é um trânsito de um lugar ao outro, pode ser de um paradigma ao outro.”
E falamos muito em como o Mediador deve estar atento para não encaminhar o acordo prematuro sem ter explorado devidamente o conflito, indo ao seu âmago, destrinchando ao máximo o conflito.
Também trouxemos os conceitos de Christopher W. Moore, em seu livro “O Processo de Mediação” onde se aborda as fases da manifestação do conflito: Latente, Emergente e Manifesto e as tratativas do conflito de forma preventiva.
A participação dos presentes foi intensa e extremamente rica contribuindo de forma muito colaborativa para que as duas horas do nosso encontro passassem rapidamente.
Aí veio o dia do Webinar da Negociação, mais um pilar da Mediação. Nosso terceiro encontro. Que assunto inesgotável, quantas fontes! Nesta aula, fizemos uma jornada pela literatura, conceitos e princípios da Negociação baseada na escola de Harvard. De “Como Chegar ao Sim”, lançado em 1981, até o livro “Negociando o Inegociável”, lançado em 2016. Passando pelas emoções na negociação aportadas no livro “Além da Razão”.
Trouxemos o livro “Supere o Não”, o “Beyond Machiavelli”, “Conversas Difíceis”, “Chegando à Paz”, “O Poder do Não Positivo” e também, porque não, o poderoso livro “Como Chegar ao Sim com Você Mesmo”.
Teve teste de estilo de negociação, Conceito, Método, Os 7 Elementos da negociação, e obviamente as etapas de uma negociação, segundo aquela escola.
Um mergulho profundo nas nossas negociações e no olhar do Mediador para as negociações em que está presente, bem como seu árduo papel de terceiro.
Mas o que eu gostei mesmo, foi o começo de nosso encontro quando a Ana Luiza provoca a todos pedindo para refletirem e identificarem as negociações experenciadas por cada um nas diferentes fases da vida, como criança, como adolescente, como jovem e na vida adulta. Esta reflexão nos leva (pelo menos a mim assim aconteceu) a lugares jamais imaginados. É um revisitar de emoções, grandes sentimentos e memórias poderosas.
É assim que começa essa impecável aula e termina com a pergunta:
“O que a sua História de Negociações conta para si sobre a sua vida?”
Faz este exercício na sua casa e perceba para onde você foi levado com estas questões.
Abordados os três pilares da Mediação, no quarto encontro, em maio, falamos abertamente sobre os 3 principais estilos, linhas ou escolas de Mediação, fizemos tabelas comparativas do estilo Colaborativo, de Harvard, da Mediação Transformativa e do método Circular narrativo, da turma de Palo Alto. Começamos o encontro apresentando à turma o livro “The Promise of Mediation”, do Joseph P. Folger e Robert A. Baruch Bush, escrito em 1994 e que traz vários movimentos da Mediação e conta um pouco a história da Mediação e como foi utilizada a Mediação até então. Falamos, então com base no livro, do movimento mediador e seus enfoques: satisfação, justiça social, transformação e opressão. Um livro difícil, mas necessário para aqueles que querem entender a Mediação e suas complexidades. A partir deste ponto, abordamos os demais livros que trazem as escolas e suas características, com o “Como chegar ao Sim”, do Willian Ury, Roger Fisher e Bruce Patton, da Mediação Colaborativa, com seus princípios e que tem como objeto o conflito e os demais livros da Escola de Negociação de Harvard. O mesmo livro do Folger e Bush, “The Promise of Mediation”, traz a linha transformativa de Mediação, que tem como base a revalorização das pessoas e reconhecimento do Outro como parte e responsável pelo conflito e tem por objeto a relação e a transformação das pessoas e da sociedade. Por fim, Sara Cobb com a turma de Palo Alto, na Califórnia, em 1995 e a argentina Marinés Suares, em 1996, com a Mediação Circular narrativa, que tem como influência a Terapia Narrativa, desenvolvida por Michael White e como base a desestabilização ou desconstrução das narrativas iniciais para a construção de uma nova narrativa, alternativa, que está a serviço de todos, tendo por objeto a relação e o acordo.
Muitos estilos e todos podem funcionar a depender de como todos os envolvidos na Mediação se sentem mais confortáveis. Cada escola tem as suas características, técnicas, ferramentas e valores muitos próprios que podem ser agregadas no ofício do Mediador, ampliando o olhar e a atuação.
No encontro do mês junho, com sala cheia e sempre com novos adeptos, falamos do autoconhecimento, de fazer sentido, de entender o que faz sentido em nossa vida, das razões de ser Mediador. E para que trabalhar com Mediação? Atividade solitária que é, o ofício do Mediador passa fortemente pelo autoconhecimento do Mediador e sempre é um ato de coragem de olharmos para nós mesmos.
De gostar de gente.
Das competências que um Mediador deve desenvolver, do estudo contínuo, da capacitação técnica, condicionamento físico e espiritual.
Falamos também de questões éticas.
Abordamos o que engloba a Mediação como Conjunto teórico – Comunicação/Conflito/Negociação.
Falamos da multidisciplinaridade, dos múltiplos conhecimentos, da transdisciplinaridade.
Trouxemos a História da Vaca – o Maestro (mestre) e o camponês, contada pelo dr. Camilo Cruz, para abordar nossas zonas de conforto e nossos limites de atuação.
Nossas necessidades de controle, nossas necessidades de segurança, onde nos sabotamos, quais são as nossas falsas crenças, nossas desculpas e como transferimos responsabilidades. E sempre olhando para quais são os nossos gatilhos.
Um encontro necessário para olharmos para nós mesmos enquanto Mediadores.
E se falamos de nós mesmos em junho, no mês seguinte, olhamos para nós e para o Outro, neste reconhecimento necessário. Usamos a metáfora da cesta onde colocamos uma porção de preciosos ingredientes como Curiosidade, Humildade, Hospitalidade, Presença, Escuta, Suspensão dos nossos julgamentos, Respeito ao protagonismo do Mediado, honrando sua História e sua narrativa, valorizando o Outro.
Falamos de conceitos de alteridade e coragem. Da nossa existência a partir do reconhecimento do Outro.
Ouvimos Histórias de pessoas comuns e nossas.
E como não poderia deixar de ser, enaltecemos os encontros da vida. E com eles, nossos aprendizados a cada encontro e a cada experiência.
Confiança, respeito e empatia, aconteceu no encontro do mês de agosto. O sétimo encontro. Nesta oportunidade procuramos clarear e trabalhar o conceito tão difundido da Empatia e como a Empatia deve ser usada na Mediação. Olhamos para o que não é Empatia e para o que é a verdadeira Empatia. Como é o fluxo em uma Mediação e como a Empatia deve ser utilizada pelos Mediadores, Mediandos e demais agentes da Mediação.
Fizemos exercícios, propusemos visitas a lugares, filmes, livros, exposições e exploramos autores como Edith Stein e Roman Krznaric. Sem deixar de falar da Empatia sistêmica proposta por Bert Hellinger. E assim, ficou a pergunta para a reflexão de todos:
O Mediador ao se colocar no lugar do Outro, corre o risco de deixar o seu lugar de terceiro neutro e multiparcial?
A Confiança abordamos por várias vertentes, a começar pela Confiança no Mediador, passando pela Confiança na Mediação e no próprio processo da Mediação, na Confiança recíproca e necessária entre os Mediandos e como não poderia de ser, falamos na Autoconfiança do Mediador para ele poder exercer plenamente sua atividade. Tudo isso para criar um ambiente propício para que possa vir a ocorrer negociações de maneira segura. Confiança em efeito cascata dentro da Mediação. Segundo o alemão nosso contemporâneo, Luhmann, “Confiança, o redutor de complexidade”. Com seus limites, confiabilidade, responsabilidades, ambiente seguro, integridades, não julgamento e generosidade, trazidos pelo olhar da estudiosa e palestrante norte-americana, da Universidade de Houston, Texas, Brené Brown.
E, por fim, como base das relações humanas, exploramos o Respeito a partir da História de Terry Dobson, trazida pelo Willian Ury no livro “O Poder do Não Positivo”. Prestar atenção, Escutar, Acolher, Reconhecer e ter Curiosidade pelo Outro.
Este poder pelo Respeito está à nossa disposição para ser usado indiscriminadamente e a qualquer momento devemos adotar uma atitude positiva de Respeito e, como Willian Ury nos ensina: “Respeito pelo Outro deriva do Respeito por si mesmo.” Respeito é sinal de força e confiança e deve ser demonstrado ao Outro.
Esta foi a noite de três palavras muito fortes em nosso dia a dia: Respeito, Confiança e Empatia.
Em setembro, oitavo encontro, tivemos aquele que nos levou para a construção do nosso lugar e papel de terceiro Mediador e como lidar com as questões éticas, como é feita a construção deste papel de Terceiro e como se sustentar neste papel e neste honrado lugar e quem sabe o maior desafio de cada Mediador.
A Ana trouxe a visão sistêmica e aplicada à Mediação. As Ordens do Amor, da Ajuda e do Sucesso, conceitos aportados por Bert Hellinger.
Falamos dos sistemas que se sobrepõem em uma Mediação.
Abordamos os códigos de ética e os mandamentos aos Mediadores.
As suas funções em uma Mediação.
E por fim, a preparação necessária para a boa atuação de um Mediador.
Estes encontros foram crescendo no decorrer do ano e a cada Webinar foram aportados novos conhecimentos, ocorreram debates muito ricos e o resultado como um todo foi muito valoroso. Não somente para quem frequentava conosco, mas sobretudo para Ana Luiza e para mim que tivemos momentos primorosos de trocas.
Em outubro partimos, corajosamente, para falarmos da Criatividade tão necessária em nossa atividade. Uma delícia de encontro com este. Começamos sendo provocados a partir do livro do David Eagleman e do Anthony Brandt, “Como o Cérebro Cria”. Nosso cérebro está sempre a nos instigar para combater aquilo que conhecemos e está em nossa zona de conforto, fazendo-nos buscar novos conhecimentos e vivenciar novidades. Este é um dos temas centrais do livro. E por aí caminhamos, entortando, quebrando e mesclando para encontrar a inovação em nossas atividades cotidianas.
Falamos também da forma de pensar e encarar a vida, de acordo com mindset fixo e de crescimento, como base nos ensinamentos da Ph.D Carol S. Dweck.
Tivemos aprendizados criativos nesta aula. E abordamos o quanto o Mediador há de ser criativo em uma sessão de Mediação, no planejamento das Mediações, de usar a criatividade a favor da Negociação, da criação de opções, do brainstorming, das perguntas que trazem resultados. Êta etapa importantíssima da Mediação essa tal de Negociação.
Trouxemos o entendimento do humorista brasileiro, Murilo Gun, com os Mitos do Artista, Mito do Dom, Mito da Criação e o Mito do Acaso. Lembrar que “Esquecer é tão importante quanto lembrar e muita gente esquece disso”.
Novamente Bert Hellinger, agora sobre o caminho fenomenológico do conhecimento, daquilo que está sendo apresentado no momento, independentemente do quanto é conhecido. Esquecer também é abrir espaço e possibilitar novos conhecimentos, esvaziar para deixar o novo entrar.
Até Jorge L. Borges veio à baila com o “Funes el Memorioso”
Primoroso.
A Ana estava inspirada e deu nó em todos os presentes.
No último encontro do ano, como não poderia deixar de ser, falamos sobre Gestão do Tempo e Resultado. Depois de um breve resumo de como usamos o nosso tempo no decorrer do ano nestes Webinares Meetup MOL, foi introduzido Chronos e Kairós, da mitologia grega. Um deles simboliza o tempo cronológico, o tempo dos homens, e o outro, Kairós, o tempo percebido, não linear, do presente. E como lidar com os Tempos em Mediação? Podemos afirmar que não é fácil lidar com o tempo do relógio e os tempos internos de cada um e fazer tudo isso caminhar em sintonia em uma Mediação.
Olha a delicadeza do encontro! Da Mitologia grega partimos para as quatro estações do ano, como ideia de respeito aos tempos e atenção a ele. Cada estação com as suas características. Cada tempo a seu tempo. E acompanhando as estações do ano, um rico paralelo com as 4 fases básicas da Mediação: Compromisso, Mapeamento, Negociação e Encerramento.
Imperdível, porque amplia o nosso olhar para o entendimento do Tempo das pessoas com a introspecção do inverno, a explosão do verão, a preparação do outono e o desabrochar da primavera.
Faz sentido isso, Alcides? (piada interna com os participantes dos Meetups MOL)
Mas não parou por aí, trouxemos o Daniel Kahneman, psicólogo, professor, pesquisador e como se não bastasse, prêmio Nobel de economia e seu livro “Rápido e Devagar”, com as duas formas de pensar. Isto tudo, somados aos demais conceitos explorados no livro, de memória associativa, ancoragem, enquadramento e as referências que assumimos em nossas vidas, entre outros conceitos, tudo isso se bem usado, podem ser ferramentas para o Mediador é imprescindível.
E para o dia a dia de todos, abordamos o livro “A Tríade do Tempo” do brasileiro Christian Barbosa, que vai a fundo no planejamento, administração e otimização do Tempo, avaliando a nossa produtividade a partir de um método próprio proposto no livro.
Tudo isso para terminar com a gestão do Tempo no processo de Mediação, olhando para o tempo cronológico, o tempo de cada um, as interrupções que acontecem na sessão, as reuniões improdutivas, o equilíbrio das falas, excesso de informações, foco, agenda, equilíbrio, visão prospectiva e ritmo do processo.
E assim usamos parte do nosso Tempo com estes Metups MOL. Consegui rever cada episódio por mais de uma vez, e fiz isso como exercício, porém, a cada oportunidade de rever no canal do YouTube da MOL, percebi algo diferente, algo novo e algo saboroso. Aprendizados ampliados. Foi realmente um prazer enorme estar ao lado da Ana nesta jornada patrocinada pela MOL e ao lado de cada um que fez parte deste projeto e nos acompanhou.
Só posso dizer o quanto privilegiado que somos em poder fazer parte disso tudo e usar o nosso tempo dessa forma com tantas pessoas bacanas, né Ana Luiza?
Agradecimento especial à Melissa, Beatriz Arruda, Anna Luiza e Isabella, que estavam sempre por perto.
E coloco aqui abaixo os links de todos os episódios para quem não conseguiu acompanhar ou perdeu um ou outro encontro. E para quem está tendo contato com este projeto somente agora, aconselho fortemente a reservar um pouco de Tempo e usar para assistir. É um passeio profundo pela Mediação feito de uma forma muito natural, espontânea e compartilhada com todos.
Vale cada minuto. Programe-se e assista aos encontros.
JOSÉ MANGINI é parceiro da ALGI Mediação. Advogado, Mediador certificado pelo ICFML e pós-graduado em Métodos Adequados de Resolução de Conflitos Humanos, pela ESA/OAB/SP. Atua na Mediação privada nas áreas empresarial e familiar. É Mediador certificado pelo CNJ onde atua junto ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Meetups MOL ALGI
1º Encontro
Comunicação e escuta
2º Encontro
Conflito
3º Encontro
Negociação
4º Encontro
Diferentes estilos de Mediação
5º Encontro
Autoconhecimento do Mediador
6º Encontro
Reconhecimento do Outro
7º Encontro
Confiança, Respeito e Empatia
8º Encontro
Papel de Terceiro do Mediador
9º Encontro
Criatividade
10º Encontro
Gestão do tempo e resultado
https://www.youtube.com/watch?v=V9CmtEon7Dg